autogestión vecinal

FUCVAM
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SEMINARIO INTERNACIONAL
Producción Social del Hábitat
y Neoliberalismo:
el capital de la gente
versus la miseria del capital
Montevideo, 1 al 6 de octubre 2001
Federación Uruguaya de Cooperativas de Viviendas por Ayuda Mutua
Secretaría Latinoamericana de Vivienda Popular
Coalición Internacional del Hábitat

SELVIP

A casa: Aproximações
em torno de sua complexidade

Este trabalho foi desenvolvido como dissertação final para obtenção do grau de Arquiteto e Urbanista no Departamento de Arquitetura e Urbanismo do Centro de Artes, da Universidade Federal do Espírito Santo, Brasil, ano 1996/1.

Tomamos por princípio a discussão do homem como elemento integrante da natureza e que ao diferenciar-se desta vai tendo necessidade de inventar/criar artifícios para a sua sobrevivência. Buscamos em alguns textos conceitos relacionados a habitação, casa, moradia e morar, entendendo que o homem vai construir seus espaços para sua reinserção no mundo

Estudar a casa e a apropriação que dela fazem seus moradores, entendendo que a casa, elemento em constante processo de transformação, é o elemento fundamental da relação "homemxmundo", seja em seus aspectos de proteção seja em seus aspectos simbólicos.

Buscando situar o estudo dentro do momento histórico fizemos uma breve leitura sobre a habitação no Brasil e seus rebatimentos no Espírito Santo, tomando como foco de estudo intervenção feita em área de baixa renda localizada no bairro Maria Ortiz em Vitória, capital do estado. Nesta área foram utilizados recursos do CPM/BIRD (Cidade Porte Médio/Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento), intermediados pelo BNH (Banco Nacional da Habitação), recursos da prefeitura SEAC (Secretaria Especial de Ação Comunitária) e Companhia Vale do Rio Doce.

Na área escolhida focamos nossa atenção na quadra número 70, na qual foram construídas 32 casas utilizando placas de concreto pré moldadas, com área de 34m2, resultante de uma parceria entre prefeitura de Vitória e a Fundação Vale do Rio Doce, destinadas a abrigar população que se encontrava em área de risco, sob rede elétrica de extra alta tensão. Através de plantas existentes no arquivo da prefeitura chegamos a fazer um redesenho da casa buscando soluções que posteriormente seriam, junto com o projeto original, confrontadas com os espaços existentes. Buscamos através de entrevistas e conversas com os moradores, bem como de novos croquis entender a forma como se apropriavam do espaço e da tecnologia usada na construção.

Através da área pesquisada notamos uma inadequação entre o método construtivo e os anseios/necessidades dos moradores no momento de adequar o espaço a suas necessidades. O que nos remete a uma necessidade de reflexão sobre o processo de industrialização principalmente no que se refere ao setor da habitação.

A escassez dos espaços dificultou a apropriação/conforto dos usuários. No processo de reforma/ampliação/construção das casas, o sistema usado mostrou-se desastroso, pois os moradores simplesmente substituíram o pré moldado por lajotas.

A falta de domínio do projeto levou a construção de espaços precários com problemas de iluminação e ventilação chegando, as vezes, a insalubres, ao desperdício de material pelo fazer e desmanchar ou pelo uso inadequado dos mesmos.

É comum o argumento, segundo o qual, o arquiteto não teria muito a acrescentar ao trabalho dos moradores no processo de auto construção. No entanto, na pesquisa realizada, constatamos a precariedade em que vão sendo feitas as construções. Neste sentido a atuação do arquiteto junto a estas populações pode apresentar uma contribuição com muitos desdobramento, passando pela orientação do morador na construção, desenvolvimento de programas de qualificação de mão de obra, bem como buscando resgatar o "saber fazer" necessário a uma atividade que impõe limites "...a prescrição do 'como fazer` pela gerência, característica do taylorismo". No que tange as relações do usuário com o espaço construído devemos lembrar que "O conforto das técnicas deve, pois, de início, abrir um espaço para aquela solidão, para uma assistência, que abre lacunas e sustenta a coragem (conforme a etimologia da palavra conforto)."

Ronaldo Volmer Frechiani - Arquiteto e Urbanista
Prefeitura Municipal da Serra
Chefe da Divisão de Projetos de Engenharia e Arquitetura.

Más información sobre el tema en la Sección Cooperativismo y Autogestión y Vivienda Popular de esta WEB

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© autogestión vecinal (http://www.chasque.apc.org/guifont) Montevideo/URUGUAY
Edición Internet 2001: Guillermo Font


Guillermo Font - ELECTRICISTA
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