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Informe Nacional Brasil: Parte V

I. Visão de conjunto do setor energético no Brasil

F. Possibilidades em matéria de energias alternativas

* (introdução a desenvolver)

1. Biomassa

Com relação aos avanços tecnológicos a nível internacional, encontram-se em desenvolvimento diversas tecnologias emergindo com potencial imediato de aplicação, tais como: sistemas de geração elétrica através da gaseificação da biomassa e uso de turbinas a gás; técnicas melhoradas para a colheita, transporte e estocagem de biomassa; briquetagem de biomassa; tratamento de materiais celulósicos por explosão a vapor seguido de hidrólise biológica ou química para a produção de etanol ou outros combustíveis; cogeração de eletricidade e vapor de processos industriais; queima de biomassa com carvão mineral em centrais térmicas ("cofiring") para a redução dos níveis de emissão de poluentes; metanol e hidrogênio de biomassa; aumento da eficiência de motores de ciclo Otto e Diesel, utilizando combustíveis de biomassa; etc...

Tais tecnologias tem sido motivadas não apenas no interesse em fazer a biomassa competir economicamente com os combustíveis fósseis, mas também pelo interesse em utilizar fontes de energia renovável capazes de reduzir as emissões de CO2 dos combustíveis fósseis, na medida em que as emissões durante a queima da biomassa seriam equilibradas pela absorção nas mesmas proporções durante sua formação, dando um resultado líquido nulo.

O principal projeto de utilização de biomassa para geração de energia elétrica no Brasil é o BIG-GT (Biomass Integrated Gasifier-Gas Turbine), em desenvolvimento por um consórcio de empresas envolvendo a CHESF, ELETROBRÁS, CIENTEC, VALE DO RIO DOCE, SHELL, e MCT (Ministério de Ciência e Tecnologia), com apoio financeiro do Banco Mundial.

Com referência à energia da biomassa, o "Plano de Ação para o Desenvolvimento das Energias Renováveis Solar, Eólica e de Biomassa no Brasil", elaborado pelo Foro de Energias Renováveis, reunido em Brasília em agosto/1995, propõe as seguintes metas para o ano 2005:

. 3000 MW de potência instalada em cogeração a partir de bagaço de cana-de açúcar;

. 1000 MW de potência instalada em cogeração a partir de resíduos da indústria de papel e celulose;

. 250 MW de potência instalada em termelétricas a lenha obtida de florestas plantadas;

. 150 MW de potência instalada em sistemas de geração elétrica de pequena escala utilizando óleos vegetais;

. 12 milhões de toneladas de carvão vegetal/ano, sendo todo o acréscimo em relação à produção atual (cerca de 10 milhões de toneladas/ano) obtido de forma sustentável;

. 18 bilhões de litros/ano de álcool etílico para fins carburantes;

. 20 milhões de litros/ano de óleos vegetais carburantes;

. 80.000 m3 de biogás, obtido a partir de resíduos urbanos, industriais e rurais;

. 3 milhões de hectares adicionais de reflorestamento com espécies nativas e exóticas.

Foram também definidos, em caráter prioritário, quatro programas para o desenvolvimento da energia da biomassa no Brasil para os próximos quatro anos (1997-2000):

a. Desenvolvimento sustentável da Amazônia com base em recursos da biomassa

Face a importância da região amazônica para o equilíbrio biológico e climático do planeta, da região apresentar a maior exuberância em biomassa do país e do desconhecimento científico das atividades que valorizem a biodiversidade e a floresta de pé, propõe-se estabelecer incentivos para implantar sistemas de produção integrados de biomassa não lenhosa e sistemas de manejo florestal sustentado, através de:

. instalação de 2 MW de geração de energia elétrica a partir de motores multicombustíveis a óleo vegetal;

. estabelecimento de 6,000 ha em áreas de manejo florestal sustentado para permanecer sob controle e acompanhamento científico e tecnológico;

. realização de pesquisa destinada a estabelecer um banco de informações e um balanço da situação atual das atividades de manejo florestal na Amazonia brasileira e no restante dos países amazônicos.

b. Desenvolvimento de florestas de múltiplos usos

Propõe-se criar linhas de crédito tripartites (governo, sistema financeiro e indústrias/ usuários de biomassa) para instalação de amplo programa de reflorestamento e recuperação de áreas degradadas, partindo de módulos florestais em pequenas e médias propriedades rurais, com o objetivo de:

. reflorestamento de 600,000 hectares em áreas rurais e urbanas, de forma a assegurar que 20% da área total a ser reflorestada (120,000 ha) seja implantada em pequenos e médios estabelecimentos rurais;

. implantação de 200 viveiros florestais comunitários

c. Usos regionais de energias de biomassa no transporte em complementação ou substituição a derivados de petróleo

Propõe-se incentivar a produção de combustíveis nacionais renováveis para utilização no transporte individual e coletivo de cargas e passageiros em motores de ciclo Otto e ciclo Diesel, através de:

. ampliação da produção de álcool carburante em cerca de 20-25% nos próximos quatro anos, passando dos atuais 13 bilhões de litros/ano para 16 bilhões de litros/ano, e estimulando o desenvolvimento tecnológico de motores de ciclo Otto no sentido de ampliar a participação do álcool anidro na gasolina;

. produção de 5 milhões de litros/ano de óleo vegetal carburante, melhorando o rendi-mento dos processos termoquímicos de produção de "diesel vegetal" e estimulando o desenvolvimento tecnológico de motores de ciclo Diesel para viabilizar o uso de óleo vegetal, particularmente o óleo de dendê ("palm oil") .

d. Sistemas integrados de desenvolvimento sustentável para a produção de energia, alimentos e matérias-primas

Propõe-se promover o desenvolvimento sustentável da biomassa através de projetos de demonstração de sistemas integrados de produção agrícola, silvícola e extrativa, e da formação de empreendimentos que integrem a produção de energia, alimentos e matéria prima, a partir da valorização de resíduos das atividades rurais já existentes, e do estímulo ao desenvolvimento tecnológico de processos de geração de energia, particularmente na utilização do bagaço da cana-de-açúcar e na indústria de papel e celulose, através de:

. instalação de 300 MW de cogeração de energia elétrica a partir do bagaço da cana-de-açúcar;

. instalação de 100 MW de cogeração de energia elétrica na indústria de papel e celulose;

. instalação de 15 MW de geração de energia elétrica a partir de grupo-motogeradores multicombustíveis à óleo vegetal

2. Solar Térmica e Fotovoltaica

* (a desenvolver)

- 50 MW de potência instalada em geração fotovoltaica

- 3 milhões de metros quadrados de captação termo-solar

3. Eólica

* (a desenvolver)

- 1000 MW de potência instalada de geração eólica

  1. Pequenas centrais hidrelétricas

* (a desenvolver)

 


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