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EDITORIAL
Por Walter Ubal, Diretor Executivo do SEMA
RUMO AO FORO URBANO MUNDIAL-ENTREVISTA A STELA GOLDENSTEIN
UMA OLHADA NA AGENDA DA SEMA
- Iniciativa sobre Cidades Sustentáveis, ICS - Missão a
Porto Alegre
- Milênio Ambiental N° 2
- O Ministério de Ambiente e Território da Itália apóia a SEMA
para a Promoção de Associações Ambientais Municipais
DOS NOVOS EMPREENDIMENTOS
- Projeto UNEP - SEMA: Treinamento de Técnicos Municipais
em Gestão de Resíduos Perigosos no Âmbito da Convenção da Basiléia
INICIATIVAS
EM CURSO
- Manejo de Serviços Ambientais para Populações Vulneráveis
nas Cidades da América Central, por Víctor Manuel González
CONTRIBUIÇÕES DO
SEMA PARA OS TOMADORES DE DECISÃO
- Programa de Pequenos Fundos para Pesquisa
DE INTERESSE
- Plano Nacional de Implementação do Convênio de Estocolmo
- MERCOCIDADES - Unidade Temática de Meio Ambiente
CITY PRESS
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EDITORIAL
Associações
urbanas sustentáveis: da visão comum à ação
O Foro Urbano
Mundial de Habitat (FUM) Barcelona 2004 nos convoca a observar
as cidades tanto a partir da sustentabilidade ambiental como
da luta contra a pobreza. Este Foro vem precedido de um esforço
iniciado em Estambul e retomado em Nairóbi em 2002, partindo
do reconhecimento da AL21 (Rio de Janeiro, 1992) como "pedra
angular" e guia para o desenvolvimento sustentável. O trânsito
de Nairóbi 2002 para Barcelona 2004 está marcado pelo apoio
que o FUM 2002 recebeu da Cúpula de Desenvolvimento Sustentável
de Joanesburgo 2002 e, em sua articulação, com os compromissos
surgidos dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.
Os problemas
continuam e são cada vez maiores; a agenda deve se adaptar.
Um dos desafios para a nova etapa consiste em persuadir toda
a comunidade internacional a se integrar, adotar e implementar
com realismo e responsabilidade os compromissos desta ambiciosa
agenda internacional. Para isto é preciso unir as realidades
locais, as autoridades,os atores e as redes ao âmbito institucional
do debate. Especialmente as cidades dos países em desenvolvimento.
Embora "a receita não seja de simples aplicação" diante da crescente
complexidade, junto com o processo institucional devem ser aperfeiçoados
os instrumentos sugeridos: é o caso das associações.
Para isto é necessário
fortalecer as capacidades dos governos locais para assegurar
a efetiva implementação da agenda e sustentabilidade das associações.
Podemos identificar diferenças consideráveis no processo para
o desenvolvimento sustentável urbano nos últimos 20 anos. Tanto
na evolução como na concretização de resultados: diferenças
entre regiões, seus respectivos atores e sistemas, suas diversidades
políticas, culturais, sociais, econômicas e ambientais na procura
desse objetivo. Como exemplo: a proposta de indicadores para
o monitoramento do alcance dos objetivos é necessária mas não
suficiente por si própria para guiar o processo ao objetivo
previsto. Deve evoluir também a forma e o método da estratégia
a aplicar.
A SEMA dá prioridade,
nas associações multissetoriais, à liderança dos governos municipais
junto aos atores, integrando os centros de pesquisa como atores
independentes que assegurem a sustentatibilidade do processo
iniciado. Ken Kaplan (2003)1 diz: "...o maior problema das associações
ambientais urbanas não consiste em colocar em andamento a iniciativa
para resolver as urgências da criação de um serviço público,
mas em dar-lhe sustentatibilidade para assegurar este serviço
a médio e longo prazos."
A SEMA oferece
aos municípios e suas redes, um instrumento de incubadora de
associações multissetoriais que convoca também cidades de países
industrializados, começando por suas próprias empresas de serviços
ambientais urbanos para que se integrem a estes compromissos
no âmbito das convenções internacionais.
O International
Development Research Center (IDRC) vem apoiando a idéia de associações
multissetoriais desde 1998 e obteve paulatinamente crescente
interesse da comunidade internacional, evidenciado em colaborações
com instituições de fomento e desenvolvimento. Recentemente,
e a fim de apoiar esta iniciativa dentro do cumprimento dos
Objetivos do Milênio e CSSD 2002, obteve-se apoio do Ministério
do Meio Ambiente e Território da Itália (MATI), através do Memorando
de Entendimento assinado entre o IDRC e o MATI. Por conseguinte,
a SEMA apresenta e coloca à disposição este instrumento para
os municípios de cidades pequenas e médias da América Latina
e Caribe (ALC) e suas associações a partir do próximo ano. Para
garantir este processo a SEMA, além de trabalhar com as agências
da ONU, convoca as redes de municípios da ALC a se integrarem
através deste programa com redes semelhantes de cidades de países
industrializados.
Walter Ubal Giordano,
Dirctor Executivo da SEMA
1 http://www.bpd-waterandsanitation.org/english/docs/plottingp.pdf
RUMO
AO FORO URBANO MUNDIAL: ENTREVISTA A STELA GOLDENSTEIN
Stela
Goldenstein, Membro Permanente do Comitê Técnico Assessor da
SEMA. Ex-Secretária do Meio Ambiente da cidade de São Paulo.
Dois anos após a Cúpula de Joanesburgo 2002, quais resoluções proporia enfatizar
neste Foro Mundial UN-HABITAT 2004 dentro da agenda ambiental
para a sustentabilidade urbana?
Considero que para os países mais pobres, as questões mais urgentes a resolver
são as referentes à garantia de consolidação da democracia,
tanto política como social. Dentro deste conceito está incluída
a redução das desigualdades o que significa, por um lado, a
geração de oportunidades de renda e emprego e, por outro, o
acesso a um ambiente saudável. Para isto, precisamos de investimentos
financeiros em saneamento básico, habitação, transporte...Mas
precisamos também de investimentos para a ampliação da capacidade
em gestão urbana, na definição de modelos próprios de solução
de problemas.
Em muitos casos, o conceito de cidades sustentáveis parece limitativo a cidades
do mundo industrializado. No entanto, na América Latina particularmente
algumas cidades estão transitando para um plano de cidade sustentável.
Onde reside o elemento ou "segredo" fundamental que permitiu
que algumas cidades tenham atingido este conceito de cidades
sustentáveis?
Ainda não temos, em minha opinião, cidades que possamos considerar "sustentáveis"
na América Latina. O desafio de superação das desigualdades
e das injustiças sociais faz com que o esforço seja ainda muito
maior em comparação com o que enfrentam os países desenvolvidos.
Desta forma, não temos ainda políticas públicas e privadas.
As cidades cujas experiências podemos valorizar são aquelas
que estão estabelecendo políticas setoriais e específicas que
visam à sustentabilidade.
Representam bons exemplos algumas políticas locais de gestão de resíduos sólidos,
programas de recuperação de áreas de produção hídrica ou também
determinadas políticas públicas que incentivam e valorizam a
participação social nas decisões de interesse público. Por outro
lado, já está existindo uma tendência global a rever as atribuições
das diferentes esferas de governo, ampliando o papel da esfera
local, apesar deste ser um processo lento e conflitivo.
Conforme as experiências registradas na América Latina, que papel daria e
em que áreas daria prioridade às associações público-privadas
em nível local para que possam se tornar uma verdadeira "alavanca"para
o desenvolvimento urbano sustentável?
Hoje sabemos que a expectativa de que os poderes públicos resolvam todas as
questões de interesse coletivo público é um erro. A participação
das diferentes formas de organização da sociedade vem crescendo
e assumindo espaço político, responsabilidade e iniciativas
na gestão de bens e serviços públicos.
Mas, para isto, é preciso fortalecer os instrumentos estatais de normalização
e fiscalização. Igualmente, é preciso fortalecer a capacidade
de organização da sociedade para participar em forma representativa.
Diferentes iniciativas observadas neste sentido foram bem sucedidas,
tanto na área da saúde como na de recursos hídricos, para mencionar
apenas dois temas nos quais os municípios passaram a ter uma
crescente responsabilidade nos últimos anos.
Apesar das Metas de Desenvolvimento do Milênio incorporarem objetivos que
comprometem as cidades, os governos locais têm escasso envolvimento
e liderança nestes processos. Que instrumentos ou medidas sugeriria
para facilitar o envolvimento e liderança das autoridades locais
nestes processos?
O fato é que os acordos internacionais são estabelecidos sem serem ouvidos
os poderes locais. Há dificuldade de reconhecimento efetivo
por parte dos governos nacionais, da capacidade de atuação dos
governos locais, porque isto pressupõe divisão de poder e perda
de lucros e benefícios financeiros internacionais.
Ao mesmo tempo, os poderes locais ainda possuem capacidade limitada de execução
de políticas que dependam de mudanças fiscais, tributárias e
de procedimentos econômicos. As redes que articulam e apóiam
a ação dos poderes municipais têm importância especial quanto
ao treinamento, promoção de intercâmbio de experiências, fortalecimento
dos municípios para que se estabeleçam suas demandas perante
os governos centrais. Da mesma forma, podem organizar o apoio
ao acompanhamento e monitoramento das metas acordadas, fortalecendo
o papel dos municípios. Isto se dá especialmente se as redes
são formadas não apenas por um conjunto de instituições públicas
locais, mas que por sua vez contem com a participação ativa
de entidades públicas não-governamentais.
UMA OLHADA NA AGENDA DO SEMA
Iniciativa
sobre Cidades Sustentáveis, ICS - Missão a Porto Alegre
De
11 a 13 de agosto de 2004, a SEMA participou como membro da
delegação canadense da Primeira Missão (da Industry Canadá)
à cidade de Porto Alegre (POA) no Brasil, em relação à Iniciativa
sobre Cidades Sustentáveis.
A Primeira
Missäo de Elaboração de um Mapa de Rotas visava explorar,junto
com as autoridades municipais e o pessoal técnico de POA, possíveis
áreas de cooperação entre a cidade de POA e o Canadá, através
da rede ICS de setores públicos e privados, ONG's e sócios acadêmicos.
A delegação
canadense esteve integrada pelo Cônsul Geral do Canadá no Brasil,
a Equipe ICS da cidade de Porto Alegre, empresas do setor privado
com experiência em áreas tais como a gestão de resíduos sólidos,
tratamento da água e águas residuais, transporte, tecnologia
da Informação, planejamento do desenvolvimento, planejamento
urbano e fortalecimento de tecnologias. A delegação também contou
com membros da comunidade acadêmica, o Centro Internacional
para Cidades Sustentáveis (ICSC) e a + 30 Network , Planejamento
para Sustentabilidade Urbana a Longo Prazo.
Realizaram-se
sessões plenárias e seis grupos temáticos de trabalho, originando-se
uma troca de idéias entre as delegação canadense e as autoridades
de Porto Alegre em torno a questões como a Gestão da Água/Água
Residual, Tecnologia da Informação (acesso comunitário à Internet),
Desenvolvimento Econômico e Turismo, Gestão de Resíduos Sólidos/Reciclagem,
Transporte Integrado e Tecnologias da Construção (residência
social).
O
Ministério do Ambiente e Território da Itália apóia a SEMA para
a Promoção de Associações Ambientais Municipais
No passado mês de julho o IDRC e o Ministério do Ambiente e
Território da Itália assinaram um Memorando de Entendimento
em benefício da SEMA. O acordo institucionaliza o apoio à SEMA
por parte do MATI para o desenvolvimento de atividades de promoção
de associações multissetoriais entre Municípios para o desenvolvimento
de parcerias nas áreas ambientais locais.
Com
esse motivo, será realizada a reunião do Comitê Diretivo da
SEMA na terça-feira 26 de outubro deste ano, na cidade de Roma,
Itália.
Milênio
Ambiental N° 2
No próximo
mês de outubro estará disponível o número 2 da revista da SEMA
- Milênio Ambiental. Nesta edição serão abordados dois problemas
fundamentais que enfrentam as cidades da América Latina e Caribe:
a geração de emprego e as fontes alternativas de energia. Estas
problemáticas serão tratadas desde uma ótica particular: a gestão
dos resíduos sólidos urbanos.
Milênio
Ambiental não visa somente ilustrar visões e experiências sobre
a solução a problemas urgentes relativos à geração de emprego
e produção de energia; tenta porém analisar como surgem as condições
que asseguram sustentatibilidade de políticas a médio e longo
prazo.
É nosso
interesse apresentar e promover, nesta edição, aqueles estudos
que, respondendo a realidades particulares, constituam experiências
de gestão inéditas, obedecendo tanto a estruturas associativas
tradicionais, como a formas inovadoras, que possam chegar a
ser replicáveis ou adaptáveis a outras realidades.
Milenio
estará em: http://www.ems-sema.org/milenioambiental/index.html
DOS NOVOS EMPREENDIMENTOS
PROJETO
UNEP - SEMA: Treinamento de Técnicos Municipais em Gestão de
Resíduos Perigosos no Âmbito da Convenção da Basiléia
No
mês de setembro iniciaram-se as atividades do projeto "Treinamento
de Técnicos Municipais na Gestão Ambientalmente Adequada de
Resíduos Perigosos". Este projeto conta com o apoio do Programa
das Nações Unidas para o Meio Ambiente através do Fundo Fiduciário
do Convênio da Basiléia, do Ministério de Habitação, Ordenamento
Territorial e Meio Ambiente do Uruguai e da Secretaria de Gestão
Ambiental para ALC do International Development Research Center,
SEMA-IDRC.
O projeto tem por finalidade desenvolver e aplicar uma metodologia
de treinamento que permita chegar da maneira mais direta e com
o maior número possível de técnicos municipais envolvidos na
gestão dos resíduos. Este treinamento será tratado sob duas
formas, uma através de cursos presenciais organizados dentro
de uma proposta das Autoridades Competentes e outra, por meio
de cursos a distância utilizando redes de comunicação-difusão
regionais existentes. Esta experiência tem caráter piloto e
deverá elaborar-se uma proposta que estude a replicabilidade
da mesma para uma cobertura mais ampla deste tipo de treinamento.
O objetivo
geral é o treinamento de técnicos municipais na gestão ambientalmente
adequada de resíduos perigosos atendendo à necessidade destes
atores locais e fortalecendo a articulação com as Autoridades
Competentes no cumprimento dos objetivos do Convênio da Basiléia.
É implementado pelo Centro Coordenador de Treinamento e Transferência
de Tecnologia do Convênio da Basiléia para a América Latina
e o Caribe e a SEMA-IDRC.
INICIATIVAS EM CURSO
Projeto:
Manejo de Serviços Ambientais para Populações Vulneráveis em
Cidades da América Central
Por
Víctor Manuel González, Chefe do Projeto Convênio de Cooperação
Técnica BID-FEMICA-SEMA
O desenvolvimento
deste Projeto responde a demandas da Agenda Regional Centro-Americana
e ao mandato dos governos locais de intervir no tema de gestão
de risco e manejo da vulnerabilidade em assentamentos humanos
marginais em áreas urbanas dos municípios mais propensos aos
desastres, tendo-se atingido até o momento,resultados intermédios
como os mencionados a seguir:
Tarefa
1. A identificação de estudos de casos de prácticas bem
sucedidas em mitigação de riscos e vulnerabilidade ambiental
nas cidades de Honduras e Nicarágua, para desenvolver o diagnóstico
municipal/país. Resultado 1. Seleção de centros urbanos
em Honduras e Nicarágua. Em Honduras: La MAMUCA, El Progreso,
Comayagua e Puerto Cortez; e na Nicarágua: Ocotal, Condega,
Managua e Estelí.
Resultado 2. Método de identificação e diagnóstico de
boas práticas no manejo de serviços ambientais para populações
vulneráveis em cidades da América Central.
Tarefa
2. Diagnóstico Geral de Boas Práticas.
Resultado 3. Diagnóstico geral
de boas práticas em prevenção e mitigação de riscos e vulnerabilidade
ambiental. Este resultado consta de dois relatórios separados,
um para cada país, abrangendo um total
de oito municípios.
Produto
1. Primeiro Relatório da Consultoria. O êxito deste resultado
consta do relatório da primeira etapa da Consultoria, de acordo
com o estabelecido nos termos de referência da consultoria prevista
pelo Projeto de Cooperação BID-FEMICA-SEMA.
Resultado 4: Apresentação e entrega da proposta metodológica
e plano de trabalho para elaborar os estudos de caso de boas
práticas ambientais em Honduras e Nicarágua ao Comitê Coordenador
do Projeto, para sua aprovação.
Estes
resultados se devem ao apoio permanente à FEMICA por parte do
Comitê Coordenador do Projeto; firmas consultivas; participação
ativa dos municípios selecionados em ambas as Repúblicas; AMHON;
AMUNIC; comitês de vizinhos e diferentes setores envolvidos
que facilitam a análise e avaliação das lições aprendidas das
experiências na redução da vulnerabilidade do meio ambiente.
Além
de ter cumprido com a execução das tarefas e atividades consideradas
nos Termos de Referência e programadas no Plano de Trabalho
do Projeto, para esta etapa, ampliou-se o âmbito de estudo bem
como os fundamentos metodológicos, acrescentando atividades
complementares significativas para o melhoramento do trabalho
e qualidade dos produtos resultantes. Temos por exemplo:
Etapas
futuras: Estudos de Caso e Programa de Treinamento:
Durante
o segundo semestre do ano em curso e após a análise correspondente
por parte da Coordenação Regional do Projeto, o Comitê Coordenador
aprovou a realização de estudos de caso nos municípios de Manágua
e Estelí da República da Nicarágua e em El Progreso e Porto
Cortez da República de Honduras. Esta etapa terá uma duração
de 75 dias a partir do mês de agosto de 2004. No final do mês
de outubro deste ano, será realizado em Manágua, Nicarágua,
o workshop de validação dos resultados dos estudos de caso e
da proposta e esboço do Programa de Treinamento Municipal. A
partir de novembro, será desenvolvido o processo de treinamento
de técnicos municipais em gestão de risco e manejo da vulnerabilidade
ambiental no Istmo Centro-Ammericano.
CONTRIBUIÇÕES DO SEMA PARA OS TOMADORES DE DECISÃO
Dentro
do Programa de Pequenos Fundos para Pesquisa, a SEMA apóia
propostas de pesquisa aplicada a nível municipal. Mediante
um sistema de convocação pública, surgem propostas formuladas
em conjunto por governos locais, centros de pesquisa, setor
privado e sociedade civil. Portanto, a SEMA veio a aprovar
mais de quarenta projetos em assuntos de decisiva importância
em matéria de gestão ambiental urbana: manejo de resíduos
sólidos, gestão sustentável da água, saneamento e associações
público-privadas em municípios da América Latina e o Caribe.
Na última convocação, foram selecionadas as seguintes duas
propostas:
Projeto:
"Associação Público Privada para iniciar gestão integral da
água em Pergamino" (Argentina)
Sócios
no Projeto: Município de Pergamino e Centro de Estudos Sociais
e Ambientais - CESAM Objetivo: Fortalecimento da capacidade
de gestão do governo local através de: implementação de mecanismos
associativos e participativos, e do desenvolvimento de instrumentos
orientados a diminuir vulnerabilidades vinculadas com o manejo
dos excessos de água na cidade de Pergamino (redução do risco
de inundação e controle da poluição da água durante a mesma).
Montagem de um Sistema de Alerta Hidrometeorológico com base
SIG.
Projeto:
"Bases científicas para a elaboração de Plano de Mitigação da
Poluição do Gran Lago da Nicarágua na área de influência da
Ilha de Ometepe" (Nicarágua)
Sócios
do Projeto: Associaçãö de Municípios do Gran Lago da Nicarágua
(AMUGRAN) e Centro para Pesquisa em Recursos Aquáticos da Nicarágua,
Universidade Nacional Autônoma da Nicarágua (CIRA/UNAN) Objetivo:
Fornecer informação científico-técnica nesta área específica
como base de entendimento dos processos que influíram na qualidade
da água do Gran Lago da Nicarágua. Fortalecer os governos locais
e outros atores sociais, facilitando os instrumentos básicos
de gestão integrada de bacias para o desenvolvimento sustentável
da bacia em questão.
DE
INTERESSE
Plano Nacional de Implementação do Convênio de Estocolmo
O Projeto "Plano Nacional de Implementação- capítulo
Uruguai" desenvolvido pelo Ministério de Habitação, Ordenamento
Territorial e Meio Ambiente, Divisão Nacional do Meio Ambiente,
Departamento de Substâncias Perigosas, é um projeto na área
da gestão de substâncias químicas dentro do Convênio de Estocolmo
sobre Poluintes Orgânicos Persistentes (COP).
Sua finalidade principal é formular
o Plano Nacional de Implementação (NIP) para dar cumprimento
às obrigações derivadas do Convênio de Estocolmo. Foi desenvolvido
com um enfoque interinstitucional, intersetorial e interdisciplinar
e tem como objetivo para 2005 a formulação do Plano Nacional
para melhorar a gestão das substâncias e produtos químicos no
Uruguai por medio da prevenção e o controle em todo o ciclo
de vida.
Mais informação: www.nip.gub.uy
MERCOCIDADES - Unidade Temática
de Meio Ambiente
No
passado mês de julho, durante o Congresso Internacional de Cidades
e Feira URBIS 2004, em São Paulo, reuniu-se a Unidade Temática
de Meio Ambiente da Rede Mercocidades. A reunião esteve dividida
em duas partes:
O Seminário "Indicadores Sócio
Ambientais como instrumentos de Gestão Participativa nas cidades"
e a própria reunião das cidades-membros da Unidade Temática.
Nesta última foram definidas prioridades
e um cronograma de trabalho a ser desenvolvido durante o segundo
semestre de 2004 e até a 10ª Cúpula das Mercocidades a realizar-se
em dezembro próximo na cidade de Buenos Aires.
Atas disponíveis em: http://www.ems-sema.org/eventos/utma/